domingo, 23 de abril de 2017

Morre Jerry Adriani

Cantor paulistano sofria de câncer. Era um dos mais versáteis da geração roqueira que tomou de assalto o Brasil na década de 60

Jerry Adriani: nascido no rock, ele era um intérprete que ia do tango ao jazz (Veja Rio/VEJA)

O cantor Jerry Adriani, de 70 anos, morreu na tarde de hoje no hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Adriani, cujo nome verdadeiro era Jair Alves de Souza, estava se tratando de um câncer. Ele tinha 70 anos.

Nascido no bairro paulistano do Brás, Jair Alves de Souza começou a carreira como vocalista do grupo Os Rebeldes. Ele se tornou Jerry Adriani porque tinha a ideia de que para cantar rock era necessário ter um nome americano (Jerry) e era fã do ídolo italiano Adriano Celentano. Adriani apresentou programas dedicados ao rock na antiga TV Tupi, em São Paulo, e comandou – ao lado de Betty Faria e Neyde aparecida, entre outros – A Grande Parada, dedicada aos grandes nomes da música brasileira.

A princípio, Adriani cantava em italiano. Lançou dois discos na língua de Dante Aligheri até se render definitivamente ao rock nacional. Um Grande Amor, de 1965, foi seu primeiro álbum cantado em português. No auge da fama, em viagem à Bahia, ele foi acompanhado por uma banda de rock local chamada Raulzito e seus Panteras. Ficou tão impressionado com a sonoridade dos roqueiros soteropolitanos que os indicou para as gravadoras do Sudeste. O líder da banda, o Raulzito, era nada menos que o cantor e compositor Raul Seixas. Ele, aliás, foi responsável por um dos maiores grandes sucessos de Jerry Adriani, a balada Doce Doce Amor.

Embora fosse identificado com o movimento da jovem guarda, Adriani sempre foi um cantor eclético. A sua discografia é composta por álbuns ecléticos, no qual interpretou autores de soul music (Gioconda, do baiano Hyldon, de seu disco de 1970; e muitas canções de Robson Jorge, que fizeram parte do álbum de 1977), clássicos do repertório de Elvis Presley e Renato Russo. O mais recente disco de Adriani, o CD e DVD Outro, era composto por composições de Arnaldo Antunes, tango e até standards de jazz. Adriani, inclusive, participou do programa VEJA Música para falar sobre seu álbum e os momentos mais importantes de sua carreira.



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