segunda-feira, 12 de junho de 2017

Fernanda Young responde a juiz: “Exijo respeito e irei recorrer”

Ao blog VEJA Gente, a atriz e escritora diz que irá recorrer da decisão e que juiz que reduziu sua indenização por ela ter posado nua não conhecia sua obra

Fernanda Young: “Ele não me conhece, claramente não conhece a minha obra”. (Lailson Santos/VEJA)

A escritora e atriz Fernanda Young reagiu ao juiz que disse que ela deveria ter “um pouco mais de respeito”.

Fernanda venceu um processo contra ataques na internet em 2015, mas teve a indenização reduzida por ter “reputação elástica”, de acordo com o magistrado (leia-se, por ter posado nua).

Ao blog VEJA Gente, ela escreveu:

“Juiz, irei recorrer. Eu “ganhei a causa” e com isso uma “lição de moral”. Exijo respeito como mulher, mãe e artista. Ele fez uma avaliação através de suas opiniões pessoais sobre mim. Ele não me conhece, claramente não conhece a minha obra”.

Atacada na internet em 2015, a escritora e atriz Fernanda Young entrou com processo contra seu agressor, Hugo Leonardo de Oliveira Correa, que usou um perfil falso no Instagram para chamá-la de “vadia lésbica” e a ofendeu com termos chulos. Em decisão desta semana, o juiz Christopher Alexander Roisin, da 11ª Vara Cível de São Paulo, concedeu ganho de causa à atriz e definiu que ela deveria receber uma indenização por danos morais. O valor, porém, é de apenas 5.000 reais. Isso porque, segundo o magistrado, Fernanda tem uma “reputação elástica”.

“O valor leva em conta ainda o fato da autora ter artisticamente posado nua, de modo que sua reputação é mais elástica, inclusive porque se sujeitou a publicar fotografia fazendo sinal obsceno, publicou fotografia exibindo os seios e não se limitou a defender-se, afirmando que terceiros seriam ‘burros’”, disse o juiz na decisão.

Roisin ainda afirma que Fernanda deveria mostrar mais “respeito”. “Ora, uma mulher com tantos predicados como a autora afirma possuir deveria demonstrar, porque formadora de opinião, um pouco mais de respeito. Há valores morais que devem governar a sociedade e que, no mais das vezes, nos dias que correm, são ignorados em prestígio a uma pretensa relatividade aplicada às ciências sociais, geradora do caos atual. Disciplina, limites, ética, regras de convívio social devem retomar o posto de primazia na sociedade brasileira, relegando o desrespeito, o descaso, o egoísmo aos planos inferiores.”

Por Bruno Meier
Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário