sábado, 1 de julho de 2017

Deborah Evelyn fala sobre sua atração por homens mais velhos

Atriz conversou com O DIA e também falou sobre como mantém a boa forma e da sua próxima personagem na novela das seis

Rio - Deborah Evelyn, 51 anos, recebeu a equipe do D Mulher para um papo no Teatro das Artes, na Gávea, onde estava em cartaz com o espetáculo ‘Estranhos.com’, ao lado de Johnny Massaro — estava, porque Johnny se acidentou e eles precisaram encerrar a temporada antes do previsto, em 2 de julho. “É uma pena, mas o importante é que ele está bem. Foi uma torção”, esclarece Deborah.

Deborah Evelyn - Alexandre Brum / Agência O Dia

Apesar disso, a atriz transpira energia e bom humor. “Me considero uma pessoa feliz. Procuro estar sensível ao mundo, às pessoas”. E ela também fala dos projetos com empolgação. “Adoro procurar textos e produzir o que me inspira no palco. Essa peça mesmo, vi em Nova Iorque e trouxe. Produzo com a Monica Torres”, diz. “Procuro sempre temas que as pessoas se identifiquem, as façam refletir”.

Na montagem, que volta ao cartaz depois da novela — Deborah fará a próxima das seis, ‘Tempo de Amar’, de Alcides Nogueira e direção de Jaime Monjardim —, ela vive Olivia, uma escritora talentosa, que tem um romance inesperado com William, um jovem blogueiro de sucesso, vivido por Massaro. Na vida real, revela que nunca viveu uma relação com alguém mais novo.

“Me atraio, na verdade, por homens mais velhos”, diz. A atriz observa ainda muito preconceito ao redor do tema. “Essas relações deveriam ser vistas de forma tranquila, normal, como são. E esse preconceito, geralmente, afeta mais as mulheres. Sinto que as pessoas se manifestam menos quando é um homem mais velho com mulher mais nova”.

CORAÇÃO LEVE
Casada há quatro anos com o arquiteto alemão Detlev Schneider, Deborah diz que nunca identificou atitudes preconceituosas em relação ao fato de preferir homens mais velhos.

“Pelo menos nada direto. Acho que nem quando era casada com Dennis (Carvalho, diretor), e nem agora, com o Detlev. Mas olha, lembrando aqui, já perguntaram uma vez se eu era filha do Dennis, na base da brincadeira. Mas uma brincadeira baseada no preconceito, né?”, conta ela, que ficou 23 anos com o diretor.

A atriz e o atual marido vivem em uma ‘ponte aérea’ nada próxima: Rio-Alemanha. Mas a atriz não se queixa. “Essa é a relação que sempre tivemos. Tem funcionado, dá saudade. Trocamos muito, ele vem de outro universo. É alemão, arquiteto. É uma troca rica, ajuda a abrir nosso olhar”.

O casal se conheceu durante a temporada que a filha da atriz com Dennis, Luiza, 24, passou estudando engenharia na Alemanha.

Deborah Evelyn - Alexandre Brum / Agência O Dia

“As coisas acontecem quando tem que ser. Ele é pai de um colega que estudou com minha filha. Mas nunca nos reparamos, tínhamos outras vidas. Fui visitar Luiza e o reencontrei”.

BELEZA E SAÚDE
Deborah está linda (e modesta). “Olha, não faço nada demais”, garante, com uma das muitas gargalhadas que deu durante a entrevista. “Faço algumas escolhas. Me alimento bem e faço musculação. É importante manter tudo saudável, corpo e mente”.
Ela atribui a boa forma (veste manequim 36 há mais de 30 anos) aos cuidados que mantém ao longo da vida. “Mas nada com exageros. Como o que considero saudável.

"Me atraio, na verdade, por homens mais velhos. Essas relações deviam ser vistas de forma normal"
Deborah Evelyn
Coloco arroz e feijão em todas as refeições. Me alimento de produtos orgânicos, mas não deixo de comer uma fritura, se estou com vontade. Acho que tudo é equilíbrio”, conta. “Saudável para muitas pessoas é não comer nada. Nosso organismo precisa de tudo. Não acho saudável é comer em excesso”.

NOVELA
Em ‘Tempo de Amar’, que começa a gravar agora em julho e tem estreia prevista para setembro, a atriz dará vazão ao seu lado bem-humorado para compor a personagem. “Faço a Alzira. Ela não é exatamente uma personagem cômica. É uma mulher bem típica dos padrões dos anos 20, submissa ao marido (ela fará par com Nelson Freitas)”, entrega. “Tem também um lado engraçado, da forma como vê as coisas, e um outro lado muito comum, em tantos na época: ainda é racista e preconceituosa. Por ela, a escravatura não acabava”.

Bem diferente da intérprete. “Acho que o respeito deve prevalecer nas relações. Não curto os extremos. No radicalismo você está trabalhando com a diferença. Devemos buscar a igualdade em sociedade. Ninguém deve ser melhor, pior, maior, menor. Muito já mudou e ainda vai mudar. Essa é a esperança”, conclui.

por Brunna Condini
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